segunda-feira, 16 de julho de 2012

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Convidamos a todos que tiverem interesse em apoiar a Federação Brasileira das Associações de Apoio a Pacientes Portadores de Epilepsia - EpiBrasil, entrem em contato conosco clicando aqui.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Estratégia e Plano de Ação para Epilepsia


ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

51o CONSELHO DIRETOR 

63a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

Washington, D.C., EUA, 26 a 30 de setembro de 2011

Item 4.7 da agenda provisória CD51/10, Rev. 1 (Port.) 29 de setembro de 2011
ORIGINAL: ESPANHOL

ESTRATÉGIA E PLANO DE AÇÃO SOBRE A EPILEPSIA

Introdução

1. A epilepsia é um dos transtornos neurológicos crônicos mais comuns no mundo, afetando aproximadamente 50 milhões de pessoas, das quais 5 milhões na Região das Américas (1–5). Entretanto, estima-se que, na América Latina e Caribe, mais de 50% dessas pessoas não têm acesso aos serviços (2, 6–9). Além disso a estigmatização que cerca as pessoas com epilepsia é um obstáculo para o exercício de seus direitos humanos e para sua integração social (1–2, 10–11).

2. É importante destacar que os avanços científicos melhoraram a compreensão e o tratamento da epilepsia o que, aliado à vontade política, nos situa em um momento oportuno para que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e seus Estados Membros priorizem esse sério problema de saúde pública.

3. Este documento abrange as contribuições recebidas durante o processo de
consulta, do qual participaram a Liga Internacional contra a Epilepsia (ILAE),
o Escritório Internacional para a Epilepsia (IBE), os Ministérios da Saúde e outras organizações no âmbito dos países, o Departamento de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), outros programas técnicos da OPAS, além de um grupo de especialistas. ...

Para acessar o documento na íntegra, clique aqui

Maria Carolina Doretto - Presidente da EpiBrasil - Belo Horizonte

domingo, 8 de julho de 2012

Estimulador do Nervo Vago – VNS


O tratamento VNS usa um pequeno aparelho que envia estímulos elétricos ao nervo vago esquerdo localizado no pescoço. O nervo vago é um dos principais elos de comunicação entre o corpo e o cérebro. Ele libera o estímulo elétrico para o cérebro onde se acredita que as crises são iniciadas. A terapia VNS ajuda a prevenir as irregularidades elétricas que causam as crises.

Implantar o aparelho envolve um procedimento cirúrgico simples, o qual significa uma estadia curta no hospital. O gerador de pulso da terapia VNS é implantado sob a pele, exatamente abaixo da clavícula ou perto da axila. Uma segunda incisão pequena é feita no pescoço para fixar dois minúsculos fios ao nervo vago esquerdo através dos eletrodos. Os fios são colocados sob a pele, desde o gerador de pulso até o nervo vago no pescoço. Além de finas cicatrizes, as quais desaparecem com o tempo e misturam-se com a dobra natural do seu pescoço e a uma pequena saliência no seu peito, o aparelho é dificilmente notado.

O aparelho da terapia VNS é geralmente ligado duas semanas depois da cirurgia. Ele é programado para liberar minúsculos estímulos elétricos automaticamente, 24 horas por dia.

A bateria geralmente dura entre cinco e dez anos dependendo da programação da estimulação. Nesse momento, o aparelho pode ser trocado numa cirurgia mais simples, a qual envolve apenas o tórax.

A terapia VNS foi clinicamente provada para proporcionar uma terapia segura ao longo do tempo. Mais de 36.000 pacientes no mundo inteiro, de todas as idades e com tipos de epilepsia variados têm sido tratados com sucesso com a terapia.

A maioria dos médicos prefere continuar com as medicações sem alteração por alguns meses. Pode ser necessário continuar com  a medicação antiepiléptica juntamente com a terapia VNS. No entanto, podendo existir uma redução ao longo do tempo.

Fonte: Politec Importação e Comércio Ltda.
http://epilepsianet.blogspot.com.br/2012/07/tratamento.html

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Quando o medicamento não funciona o que pode ser feito?


Algumas vezes as crises não melhoram com os medicamentos, mesmo com os mais modernos e as melhores maneiras de usá-los. Então pode ter chegado o momento de tentar outros tratamentos. No momento existem três outros métodos de tratamento: cirurgia, estimulação do nervo vago e dieta cetogênica. Estes métodos são geralmente tentados em acréscimo aos medicamentos.

Cirurgia
Se você tem um tipo de crise que sempre começa numa certa parte do cérebro, é possível eliminar as crises ou diminuir o número e a gravidade das crises pela remoção cirúrgica daquela área. A maioria das pessoas continua tomando medicamentos antiepilépticos após a cirurgia e outras pessoas podem diminuir gradualmente as doses até chegar ao ponto de não precisar mais tomar os medicamentos. Converse com seu médico para saber se a cirurgia pode ser uma boa opção para você.

Estimulação do nervo vago
O nervo vago é um grande nervo que temos no pescoço e que se dirige para o cérebro. Na estimulação do nervo vago, estímulos elétricos são enviados ao longo do nervo para chegar ao cérebro e evitar as crises. A energia vem de um disco pequeno, redondo e achatado que é implantado no peito. Enquanto poucas pessoas ficam livres das crises com a estimulação do nervo vago, muitas outras passam a apresentar menos crises e relatam haver melhorado sua qualidade de vida.  (Saiba mais clicando aqui)

Dieta cetogênica
A dieta cetogênica é uma dieta muito estrita que faz seu corpo utilizar gordura como fonte de energia ao invés de glicose. Isto promove alterações químicas no sangue e essas mudanças podem controlar ou reduzir as crises em algumas pessoas. A dieta cetogênica é mais freqüentemente usada em crianças que apresentam crises em grande número e muito graves, e é usualmente combinada com medicamentos antiepilépticos. Algumas pessoas obtém sucesso com este tratamento. Você não deve fazer esta dieta por conta própria. Como outros tratamentos, este também apresenta efeitos colaterais e deve ser utilizado com a orientação de um nutricionista e de um médico que esteja familiarizado com seu uso. Os grandes centros de tratamento de epilepsia oferecem esta dieta. Seu médico poderá orientar você a este respeito.

Tratamento


A epilepsia é um distúrbio cerebral crônico de diversas etiologias, caracterizadas pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes.

Estima-se que a epilepsia afete 1% a 2% da população e que cerca de 30%  dos pacientes  continuam a ter crises, sem remissão, apesar de tratamento adequado com drogas antiepilépticas.

Rotineiramente são solicitados exames complementares, como o Eletroencefalograma (EEG), a Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonancia Nuclear Magnética do Encéfalo (RNME).  Esses exames fornecerão informações importantes para o diagnóstico e manejo de cada caso. O objetivo do tratamento da epilepsia é a melhor qualidade de vida possível para o paciente epiléptico buscando o melhor controle das crises epilépticas com o mínimo de efeitos adversos. 

A abordagem inicial ao paciente com o diagnostico ou suspeita de epilepsia exige a cuidadosa e correta caracterização das crises. A presença de convulsões não é garantia de ser epilepsia. De outro lado, existem epilepsias que não cursam com convulsões. Assim, é necessário ter certeza da origem epiléptica dos eventos, uma vez que a instituição do tratamento medicamentoso implica em drogas com possíveis efeitos colaterais, a serem utilizadas por tempo prolongado.  

É fundamental o correto diagnóstico, buscando-se a diferenciação com outros distúrbios paroxísticos da consciência como síncopes e crises psicogênicas. Diferenciação do tipo específico de crise e síndrome epiléptica também é importante, já que os mecanismos de geração e propagação das crises são diferentes para cada uma e os diferentes fármacos anticonvulsivantes agem por diferentes mecanismos que podem ou não ser favoráveis a cada síndrome. 

A decisão do tratamento e a escolha da medicação antiepiléptica se baseiam em vários fatores, relacionados ao tipo de crise e síndrome epiléptica, causa da epilepsia, idade e sexo do paciente, etc. De preferência deve-se iniciar com um só tipo de droga (monoterapia), em dose mínima possível capaz de controlar os eventos. 

Alguns pacientes apresentam resposta insatisfatória ou incompleta às drogas e persistem com crises de difícil controle, apesar do uso dos anticonvulsivantes. Esses casos poderão se submeter a uma avaliação de um médico especialista em epilepsia (epileptologista). Algumas vezes a falha do tratamento se deve a diagnóstico incorreto, à escolha errônea da droga, ou de dose inadequada.  

Os medicamentos utilizados para tratar epilepsia (medicamentos anticonvulsivantes), chamados de PRIMEIRA LINHA (fenobarbital, carbamazepina, fenitoina e ácido valpróico)  são drogas conhecidas há muito tempo e, embora mais, seguros, não são isentos de efeitos colaterais, freqüentemente importantes.  

É obrigatório que os medicamentos de PRIMEIRA LINHA estejam disponíveis na rede do SUS. Pessoas que fazem uso de medicação anticonvulsivante não podem interromper o tratamento. Se o paciente não encontrar algum destes 4 medicamentos no Posto de Saúde, deverá procurar a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade e solicitar providências para que o fornecimento seja restabelecido no menor  tempo possível.

As novas drogas antiepilépticas, chamados de SEGUNDA LINHA (vigabatrina, topiramato, lamotrigina, gabapentina, clonazepam, clobazam, nitrazepam) têm demonstrado sua eficácia, tanto no tratamento adjuvante como em monoterapia; apresentam, também, em algumas situações, melhor tolerabilidade e características farmacocinéticas mais favoráveis, com menor potencial para interações medicamentosas em relação aos fármacos antiepilépticos tradicionais. No entanto ainda não há suficiente informação a respeito da segurança e eficácia destas drogas para serem utilizadas como primeira opção.

A Portaria nº 864  de  12  de Novembro  de 2002 do Ministério da Saúde trata do PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS – EPILEPSIA REFRATÁRIA. Mediante a solicitação de seu médico, a Secretaria Estadual de Saúde, deve fornecer gratuitamente os seguintes medicamentos: lamotrigina, vigabatrina, gabapentina, e topiramato.

Quais são as causas?

Não existe uma causa única para a epilepsia. Muitos fatores podem lesar as células nervosas no cérebro ou suas vias de comunicação e assim ser a causa da epilepsia. Em aproximadamente 60% dos casos a causa não é conhecida. As causas são divididas em três categorias:
  • Antes do parto: infecções na gestante durante a gravidez ou má-formação do bebê;
  • Durante o parto: falta de oxigênio no cérebro quando o bebê passa da hora de nascer, complicações na hora do parto;
  • Após o parto: as mais comuns são os traumatismos, febre alta, abuso de drogas e álcool, problemas cardiovasculares, lesões (acidente vascular cerebral, tumores, sequelas de acidente), infecções, neurocisticercose (ovo de solitária calcificado no cérebro).
Devido às inúmeras causas, a epilepsia pode acontecer em qualquer idade mas a maioria dos casos ocorrem antes dos 12 anos e sua incidência vai diminuindo progressivamente com a idade, voltando a aumentar nas pessoas de terceira idade.

Em alguns casos as crises epilépticas podem ser desencadeadas por estímulos do meio ambiente como luzes piscando ou por mudança súbita do escuro para o claro (ou vice-versa), outras pessoas podem reagir a sons baixos, sons monótonos ou mesmo notas musicais, privação de sono, ansiedade, cansaço. É importante para a pessoa com epilepsia identificar fatores desencadeantes a ela relacionados, se existirem, para assim eles serem evitados ao máximo possível.

O mais importante para a pessoa com epilepsia é enfrentar a situação com determinação e buscar tratamento adequado. Cerca de 60 a 70%  das pessoas com epilepsia  deixam de ter crises após dois a cinco anos de tratamento. 

Perguntas Frequentes

1. O que fazer na presença de uma crise epiléptica?

2 . Quais os fatores desencadeantes de crises epilépticas?

3. Quais são as causas?

4. Quando o medicamento não funciona o que pode ser feito?

O que é Epilepsia

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais as crises são denominadas generalizadas. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente. 

A crise epiléptica é uma descarga neuronal, capaz de produzir um quadro que pode ser percebido pelo paciente ou por um observador. As manifestações clínicas variam de paciente para paciente. Nem sempre as crises epilépticas se manifestam com convulsões e nem sempre convulsões são sinônimo de epilepsia. Um exemplo de epilepsia sem convulsão são as crises de ausência e um exemplo de convulsão que não é epilepsia são as convulsões causadas por febre alta. 

Muitos são os termos populares usados para descrever as crises epilépticas, entre elas ataques, acessos e desmaios. Crises isoladas não caracterizam epilepsia. Para ser epilepsia, as crises têm que ser recorrentes, isto é, precisam se repetir. A epilepsia é uma condição médica bastante comum, que afeta 1 a 2 % da população. 

 EXISTEM MUITOS TIPOS DE EPILEPSIA 

 As crises podem durar de alguns segundos a alguns minutos e podem apresentar vários sintomas, desde convulsões e perda de consciência até os que nem sempre são reconhecidos pela própria pessoa ou por profissionais de saúde: olhar parado, movimentos de mastigação ou movimentos de “jerk” dos braços ou das pernas. 

As epilepsias são classificadas pelas manifestações clínicas e eletroencefalográficas e podem ser parciais ou generalizadas. Nas parciais (focais) apenas uma área restrita do cérebro é acometida. As crises parciais são divididas em parciais simples e parciais complexas. Nas crises generalizadas, os dois hemisférios cerebrais são envolvidos desde o início da crise. Existe ainda um grupo de crises que são consideradas “não classificáveis”, pois apresentam características distintas daquelas classificadas como parciais ou generalizadas.